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Foto: Divulgação |
Em uma pesquisa feita em junho de 2012 foi constatado que 34,3% da população mundial têm acesso à internet. Ou seja: 2,4 bilhões de pessoas. Em 2010, este número era de apenas 360,9 milhões. O aumento no acesso à internet – mais de 560% - em uma década mostrou que a ferramenta veio para ficar. Com sua base de utilidade pautada na troca de informações, a imprensa tradicional viu a necessidade de se adequar a essa nova mídia. Deu-se início a uma grande convergência midiática. Os jornais impressos, o rádio, a televisão e as revistas impressas passaram atuar em duas plataformas – a própria e na internet. Muitos veículos se viram forçados a abandonar seus formatos originais devido à rápida interatividade e demanda por instantaneidade dos usuários da rede.
O conceito de jornalismo em tempo real nasceu, cresceu e se fortaleceu rápido. Notícias de um jornal impresso não mais precisavam ser publicadas apenas na edição do dia seguinte. Elas podiam ser postadas no site na hora do acontecimento. Revistas diminuíram seus custos criando versões online em formato PDF e publicando em sites terceirizados como o Issuu. As pessoas que não conseguiam assistir o telejornal no horário podiam assistir na íntegra na internet, podendo até selecionar os blocos que tinham interesse. Rádios não estavam mais restritas a serem ouvidas em carros e aparelhos antigos: elas estavam ao vivo online.
O problema, porém, que surgiu com o jornalismo em tempo real, foi a urgência constante. Informações erradas, erros de digitação em textos e vídeos e áudios sem edição apropriada são subidos no momento em que são recebidos e produzidos pelos veículos presentes na internet. É neste momento em que se deve lembrar-se da ética jornalística. A máxima do jornalismo é o ato de informar através de fatos, da verdade. E o jornalismo em tempo real é pautado na necessidade de primária capitalista de informar antes da concorrência. É nesta corrida que a verdade muitas vezes chega de forma deformada. Agora resta esperar até que as grandes mídias resgatem a essência da forma de fazer jornalismo, buscando primeiramente a verdade, e não sejam escravas da velocidade que a internet trouxe.
Por Bruno Stolf
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