quarta-feira, novembro 23, 2011

Setembro de 2011: mais uma vez a chuva deixa prejuízos em Blumenau

Passados quase três anos da última forte enchente sofrida em Blumenau, a cidade mais uma vez fica embaixo d’água. Desse vez o volume de água foi maior e, diferente da tragédia de 2008, os deslizamentos não afetaram tanto os moradores. Em quatro dias choveu 170 mm, quantidade superior ao estimado para todo o mês de setembro, que era 130 mm. Segundo a Defesa Civil, 91 cidades foram atingidas em todo o estado.

Blumenau decretou estado de emergência. O Rio Itajaí-Açú chegou a 12,60 metros, atingindo 280 mil pessoas e deixando 15 mil desalojados. Por conta da enchente, as aulas e o transporte coletivo foram suspensos. O atendimento na saúde só funcionou para casos de urgência, e o comércio fechou as portas. O abastecimento de água e de luz também foi afetado. A Defesa Civil estima que 400 ruas foram alagadas e cerca de 45 registraram pontos de deslizamentos. Dessas apenas 19 ficaram interditadas. 15 abrigos públicos foram abertos em igrejas, escolas, e vários locais não atingidos para atender a população.

Felizmente a Rua George Fridrich Mordhorst, no bairro Itoupava Central não foi atingida. Ficou apenas isolada. No dia 08, quinta-feira, quando as primeiras ruas começaram a alagar foi terrível. Eram 13 horas e 15 minutos estava no trabalho, RICTV Record, e o jornal tinha acabado. A preocupação dos colegas era para levar os funcionários até suas casas, pois ruas já estavam alagadas e intrafegáveis. O pessoal da TV foi me levar em casa. E durante o trageto tivemos que desviar por diversos caminhos alternativos. No conhecido Trevo da Mafisa já não passava mais carros. A água tinha tomado conta.

O final de semana foi tenso para todos. Na TV os colegas que foram trabalhar tiveram que enfrentar a água pela canela. A vontade de levar informação à população falou mais alto. E o esforço fez valer a pena, com a melhor cobertura da enchente no Vale do Itajaí. Mas, o sol apareceu e na segunda-feira, 12, a cidade começa a dar os primeiros passos para voltar ao normal. Os comerciantes atingidos pelas cheias da rua XV de Novembro começavam a limpar e contabilizar os prejuizos. Na cidade um grande exercícito foi montado para fazer a desubstrução das vias e a retirada da lama. E, em naquela mesma semana, quase tudo já estava normalizado. Apenas o comércio da cidade precisou de mais tempo para conseguir voltar ao normal.

Por Erivelton Schmidt
Fotos: Divulgação/Jaime Batista/André Cunha

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