quarta-feira, outubro 26, 2011

Jornalismo em tempo real

Uma das cenas mais comum que podemos observar em diversas casas do mundo inteiro é: João sentado diante da tela do computador, sozinho, mas falando com o mundo. Milhares de pessoas se comunicam hoje com sentenas de outras através da poderosa web e, estão cada vez mais sozinhas. Essa tal de internet facilita a troca de informações online e ajuda muito o dia-a-dia da sociedade, trazendo muitos benefícios, mas ao mesmo tempo afasta as pessoas uma das outras.

Alguns acreditam ser interessante se comunicar pela tela do computador, pois assim podem criar um 'eu' virtual que na verdade não existe. Hoje é normal você trocar e-mail com alguém que está a cinco metros de distância, por exemplo. Os pais, ocupados com suas dificuldades e trabalhos, acabam deixando seus filhos entregues a essa mídia online e, permitem que aprendam os ensinamentos da vida sozinhos.

Os dois vídeos apresentados em sala, dos jornalistas Luis Nassif e Marcelo Tas, apresentam um conteúdo sobre a prática jornalística na era da internet. Na entrevista com Nassif, pode-se perceber que mesmo após 15 anos de jornalismo online no Brasil, as alterações estão ocorrendo mais na prática do que na adaptação textual ou de linguagem. Tas fala sobre a mudança dos meios de comunicação desde sua infância até os dias atuais. Mostra como tem poder a grande rede de informações que estamos conectados, na qual nos permite trocarmos informações com o mundo todo, possibilitando a consciência do tempo real que estamos vivendo. O jornalismo em tempo real pode ser considerado uma figura de linguagem utilizada para associar a proximidade e a rapidez com que a informação é transmitida, até o momento em que ocorre o fato, chegando aos receptores, sejam eles leitorestelespectadores ou ouvintes.

A jornalista Sylvia Moretzsohn, autora do livro Jornalismo em "tempo real" comenta: "O tempo do mercado financeiro dita a regra: rush or perish – a rapidez é a condição da sobrevivência, sem que, entretanto, se saiba em que sentido é preciso ser rápido. Mas o jornalismo do tempo real esconde a crítica e encobre a lógica do capital, ao contrário, celebra a nova utopia tecnológica representada pela internet e sua possibilidade de interligar o mundo com informações instantâneas e em fluxo contínuo".

A escolha por utilizar o jornalismo em tempo real, ao invés do jornalismo online, deve ser pelo fato desses termos transmitirem uma falsa sensação da comunicação mediata, através do computador, criada por Castells, enquanto que na verdade, o jornalismo online teve início com a invenção do telégrafo de Morse, em 1844. Apesar de se tratar de um anglicismo, a tradução de online para o português seria “em linha” e assim, a expressão descaracterizaria a ideia do termo original em inglês.

A questão ética

ética dos jornalistas se confunde com os interesses de muitos políticos. Hoje a imprensa, mais do que em qualquer outra época, esta sendo pautada por informações que vazam. Aparentemente parece que vão denegrir a imagem de políticos, que são publicadas baseadas nas suas declarações, com isso, os jornalistas procuram verificar o quanto essas notícias podem ser real.

Com todo esse avanço da internet os meios de comunicação sofreram com a perda de assinaturas e de ibope. As grandes empresas acreditam não poder concorrer com essa nova tecnologia e, se aliaram a ela, assim surge a convergência, onde as vária mídias podem ser encontradas na internet. Esse processo ainda vem acontecendo, é uma tendência que já chegou no Brasil, vindo de experiências de empresas estrangeiras e copiadas pelas nacionais. Sendo assim, convergência midiática é uma tendência que os meios de comunicação estão aderindo para poder ser adaptar a internet.

Por Liana Formento.
Fotos: Google Images.

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