Este é apenas um relato, entretanto demonstra um pouco da realidade de Blumenau.
Essa madrugada, 16, estava de serviço, como os colegas sabem na Polícia Militar, e fui chamada para revistar algumas garotas de programa próximo ao Terminal do Aterro. Junto a elas estavam alguns rapazes. Quando cheguei os Policiais Militares que estavam no local já haviam encontrado crack com um masculino, do qual uma das femininas estava comprando. Revistei as garotas.
Enfim, o masculino com a droga foi conduzido a Central de Polícia (CP) por tráfico e a garota que estava comprando por consumo. No caminho a CP fui conversando com a moça. Ela contou-me que tem 17 anos, já é prostituta desde os 12 anos e começou a usar crack com 13. Já engravidou, mas perdeu o filho. Ela disse que tem quatro irmãos: um deles ela nem sabe onde mora, outra reside em uma cidade próxima e os irmãos menores apenas vão para a escola. A mãe não trabalha, segundo a menor ela tem problemas e recebe pensão do marido que é falecido. A, o pai a garota não conhece e foi criada pelo padrasto, que é o falecido.
Quando perguntei o que a mãe dela achava disso ela respondeu: “A gente não se dá muito bem, por isso eu não to morando com ela.” E onde você mora perguntei: “To parando (morando) com o meu ex-marido.”
Então você achou mais fácil virar garota de programa do que trabalhar? E ela simplesmente disse sim.
Esse tipo de situação é comum, porém a maioria dos cidadãos blumenauenses desconhece. Talvez seja bom refletir sobre essa realidade que muitas vezes não vemos ou não queremos ver nem imaginar.
Por Karin Bendheim
Bom fico triste ao ouvir depoimentos como este, assim como esta moça existem várias outras que precisam ser libertas deste mal.. uma opção para elas, talvez a mais comõda no momento, mas que gera muitos males.
ResponderExcluir