No último dia 20 de novembro, a turma da 2ª fase de Jornalismo do IBES assistiu a um vídeo da palestra do comunicador Marcelo Tas em Blumenau. Tas falou sobre as novas mídias e as possibilidades de utilização dessas mídias para os profissionais de Comunicação e para as pessoas em geral.
Logo de cara, pude perceber que Tas deve admirar uma obra, a qual eu mesmo dei uma folheada um dia, chamada A Galáxia de Gutemberg, do teórico e professor americano Marshall MacLuhan. MacLuhan afirmou, nessa obra, que um dia haveria uma biblioteca capaz de abrigar “todos os livros do Universo”. Ora, essa biblioteca, já existe, e se chama internet. Acontece que o cara previu isso nos... anos 1950!!! Convenhamos, o velhinho não é fraco. Um dia pretendo terminar de ler seu livro, que tem mais de 400 páginas.
Em algumas passagens, Tas também foi nostálgico, como quando lembrou do videocassete – trecho absolutamente impagável. Ele esqueceu de dizer que, além das diferenças que apontou entre VHS e DVD, também não podíamos escolher legendas, dublagem... E o zoom estava completamente fora de cogitação!
Um dos pontos que Tas mais enfatizou foi o da interatividade, principalmente no que diz respeito à opinião do espectador chegar direto a quem faz mídia, numa espécie de “controle de qualidade remoto”. Tudo bem, mas vou fazer o papel de advogado do diabo perguntando: será que isso não se iguala a uma mera pesquisa de audiência? A mídia tem realmente que dar ao povo o que o povo quer, ou o que ele nem sabe que quer?
Fora isso, Tas “esqueceu” de aprofundar-se em temas como a privacidade (ou falta de), e outras coisas que fazem o delírio dos “anti-net”. Talvez a ocasião não fosse propícia para tais questionamentos – sem trocadilho.
Iran Silveira
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